No mundo do jornalismo, o profissional tem em sua posse uma garantia. A Carteira Profissional do jornalista, é um trunfo que ele irá ter sempre para salvaguardar quaisquer confusões que possam ser alheadas à sua profissão, e ao mesmo tempo é um documento que o dignifica e reconhece. Já nas Relações Públicas o mesmo não acontece, ainda nenhuma entidade, por questões burocráticas ou não, levou adiante a pretensão de incluir na Classificação Profissional (CNP) a definição oficial de Técnico de Relações Públicas, que desde início de 1972 é pretendida por quem tem curriculum para a reclamar (Soeiro, 2003: 3).
As Relações Públicas em Portugal tiveram início nos anos 60, e na seguinte década a profissão já tinha algum relevo dada a sua juventude, sendo exercida eficientemente na TAP, em certas instituições bancárias, em petrolíferas multinacionais e curiosamente (ou não) na Administração Pública (Soeiro, 2003: 1). Em 1978 foi aprovado na assembleia-geral da CERP em Portugal, o Código Deontológico do Profissional de Relações Públicas, tendo como título universal, Código de Lisboa (Soeiro, 2003: 1). A actividade foi-se desenvolvendo e aumentando em Portugal até aos dias de hoje, sendo utilizada hoje em dia em tudo que de grande se faz em qualquer ramo das actividades profissionais. Mas o problema é que a solução para protecção dos direitos de cada licenciado e ou profissional, ainda não está encontrada (Soeiro, 2003: 4). Como acima falei, independentemente do que se ache de um Relações Públicas, é justo reconhecer que eles são injustiçados pela fama que outros dão ao nome, devendo a situação ser revista, para uns não terem créditos pelo esforço de outros.
«A não ser obtido o desejado objectivo que há muito se impõe, teríamos que considerar as “Public Relations” como uma profissão paradoxal» (Soeiro, 2003: 4).
A tal solução terá de ser rapidamente encontrada, para que a actividade seja “real” no nosso país, e não continue a ser reconhecida como uma actividade de part-time para pessoas que não têm nada que fazer ao seu tempo.«Ser relações públicas em Portugal significa arriscar. Arriscamo-nos a ser mal interpretados pelas pessoas ao dizer “sou relações públicas”. Ainda nos vêm como a personalidade das festas, aquele que conhece muita gente e de quem toda a gente gosta» (Amaral, 2007: S.P.).
João cabe-te a ti como futuro licenciado em relações-públicas mobilizar, em conjunto com outros, uma demonstração do que é a profissão em si, porque infelizmente vivemos num país em que a população, na sua grande maioria, é comodista e nem sequer se dá ao trabalho de procurar entender ou perceber o que será um verdadeiro licenciado em Relações Públicas. Todos nós somos a voz e só nós poderemos defender aquilo em que acreditamos! Neste país, infelizmente, já não basta estudar arduamente nem muito menos ingressar na no mundo laboral. É preciso persistência, paciência (muita), dinamismo, astucia mas principalmente voz para demonstrar aquilo que somos, que aprendemos e o que são as palavras na realidade.
ResponderExcluirEu também falo um pouco por mim como futura Geógrafa. Ao dizer o que serei toda a gente pensa em ensino mas vai muito além disso.
Bem..Gostei de ler o teu blog, apesar de ser para a faculdade ;)
Beijinho e Sucesso João